Como se dá o diagnóstico de um problema no joelho? Quando é preciso operar? Será que há algum tratamento alternativo? Como é o pós-cirúrgico? Assim como qualquer outro procedimento, a cirurgia no joelho pode causar diversas dúvidas.
Como elas fazem parte da rotina diária do Dr. Renato Morelli, vamos aproveitar da sua expertise para esclarecer tudo sobre os procedimentos. A seguir reunimos as 3 cirurgias mais comuns realizadas pelo médico especialista do joelho: a artroscopia simples para tratamento de lesões do menisco, a artroscopia para reconstrução do ligamento cruzado anterior e a artroplastia do joelho (colocação de prótese).
Quando um adulto precisa passar por cirurgia no joelho, geralmente a causa está relacionada a movimentos bruscos executados durante a prática de atividade física. E são dois os tipos de procedimentos mais recorrentes:
Essa cirurgia é recomendada quando há ruptura (ou lesão) do menisco. Ela normalmente acontece quando o paciente faz um movimento torcional associado à flexão da articulação do joelho, que incide em sobrecarga e consequente ruptura. O paciente sente dores e até mesmo problemas de mobilidade.
A lesão do LCA ocorre quando há uma mudança de direção brusca ou desaceleração abrupta, bastante comum em jogos e treinos de futebol, basquete, vôlei, tênis e também em lutas. O paciente pode sentir instabilidade (sensação de falseio) e dores frequentes.
“Outro esporte que vem crescendo em número de participantes é o beach tênis e, com isso, está ocorrendo um aumento significativo no número de lesões associadas, como a do menisco e do LCA, principalmente em mulheres”, explica o médico ortopedista.
Nos dois tipos de lesões, o diagnóstico é feito por meio de exame físico do paciente e exames complementares de ressonância magnética. Mas antes do procedimento cirúrgico são esgotadas todas as possibilidades de tratamento conservador.
“Sempre iniciamos uma reabilitação com fisioterapia e reforço muscular, visando o fortalecimento da musculatura. Somente em caso de persistência dos sintomas (dor e instabilidade) é que indicamos o procedimento cirúrgico por meio da artroscopia”, diz Dr. Renato Morelli.
A fisioterapia também é recomendada no pós-cirúrgico, com finalidade de retorno gradual ao trabalho ou atividade esportiva — o tempo irá depender da lesão.
Quando há lesão no menisco, o uso de muletas é orientado por ao menos uma semana, para alívio da dor, e o retorno às atividades físicas costuma acontecer em poucos dias após o procedimento.
As muletas também são indicadas para quem tem o LCA reconstruído, porém o uso deve se prolongar por cerca de três semanas, já que a integração do novo ligamento ocorre em média em 90 dias.
A artroplastia do joelho, mais conhecida como colocação de prótese no joelho, é uma cirurgia bastante recorrente em idosos e que traz qualidade de vida ao paciente.
Geralmente é indicada para aqueles com dor intensa no joelho, decorrente de artrose em estágio avançado e que não teve melhora após outros tratamentos e procedimentos — até mesmo o cirúrgico.
“O momento da cirurgia é o paciente que determina, mas sempre está relacionado à qualidade de vida e limitações para atividades básicas do dia a dia, que se tornam difíceis”, diz o ortopedista.
Não há contraindicação de idade para a cirurgia. Ela geralmente ocorre a partir dos 60 ou 65 anos, porém pacientes com idade inferior e que tenham muita dor e limitação funcional também se beneficiam com o procedimento.
Após a cirurgia, o paciente fica em média dois dias no hospital para iniciar os treinos de caminhadas com uso de andador ou muletas. Depois, em casa, dá sequência ao pós-cirúrgico com fisioterapia e exercícios na água. Em 30 dias o paciente está caminhando com mais segurança.
Essas são as 3 cirurgias de joelho mais recorrentes. E vale lembrar que somente um médico ortopedista especialista em joelho poderá determinar qual o melhor tratamento, se há necessidade de procedimento cirúrgico e como fazê-lo para que o resultado seja efetivo.